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Cultura do cancelamento

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Cultura do cancelamento", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

O movimento hoje conhecido como "cultura do cancelamento" começou, há alguns anos, como uma forma de chamar a atenção para causas como justiça social e preservação ambiental. Seria uma maneira de amplificar a voz de grupos oprimidos e forçar ações políticas de marcas ou figuras públicas.

Funciona assim: um usuário de mídias sociais, como Twitter e Facebook, presencia um ato que considera errado, registra em vídeo ou foto e posta em sua conta, com o cuidado de marcar a empresa empregadora do denunciado e autoridades públicas ou outros influenciadores digitais que possam amplificar o alcance da mensagem. É comum que, em questão de horas, o post tenha sido replicado milhares de vezes.

A cascata de menções a uma empresa costuma precipitar atitudes sumárias para estancar o desgaste de imagem, sem que a pessoa sob ataque possa necessariamente se defender amplamente.

O cancelamento é diferente da trollagem típica de internet, eventualmente com insultos coordenados, frequente em disputas de opinião entre usuários das redes. O "cancelamento" é um ataque à reputação que ameaça o emprego e os meios de subsistência atuais e futuros do cancelado. Extremamente frequente nos Estados Unidos, ela hoje abate personalidade, mas também anônimos.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-53537542

Texto II

Grandes marcas, famosos, políticos ou cidadãos comuns: ninguém mais está a salvo da “cultura do cancelamento”, que denuncia os erros de cada um e que exige que a pessoa se redima, a ponto de que alguns reclamam dos excessos e de sua contribuição para a polarização política.

Isso ocorreu com a escritora britânica JK Rowling, autora da saga Harry Potter, por declarações sobre os transexuais consideradas preconceituosas.

Uma declaração polêmica, um tuíte com duplo sentido escrito há dez anos, um vídeo comprometedor, e as redes partem para o ataque.

Deve-se “cancelá-lo”, deixar de consumir seus produtos, corromper sua imagem, perturbar sua atividade até que se redima, até que peça perdão ou tente compensar sua ação.

O popular YouTuber Shane Dawson passou pela situação, a partir da divulgação de antigos vídeos com conteúdo racista, assim como a cantora Lana Del Rey, por causa de uma mensagem no Instagram na qual criticava atrizes negras.

A marca de arroz Uncle Ben’s também passou por essa situação por causa da sua logomarca ter sido considerada racista, ou a gigante da indústria de alimentos, Goya, atacada por latinos nos Estados Unidos por que seu diretor apoia Donald Trump, que defende políticas contra imigrantes.

https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/07/22/interna_internacional,1169170/a-cultura-do-cancelamento-uma-forma-de-mudanca-que-gera-a-polarizacao.shtml

Texto III

Uma carta aberta assinada por mais de 150 artistas e intelectuais em apoio aos protestos mundiais contra o racismo, mas também criticando o que os signatários chamam de "intolerância às perspectivas opostas, a moda da humilhação pública e o ostracismo" gerou indignação nas redes sociais.

A carta aberta faz uma referência velada à chamada cultura do cancelamento. Ela foi divulgada na internet nesta terça-feira (07/07) e será publicada na versão impressa da revista Harper's Magazine de outubro.

O texto, assinado por nomes como o linguista Noam Chomsky, os escritores Martin Amis, Margaret Atwood e Salman Rushdie, o jornalista Roger Cohen e o músico Wynton Marsalis, expressa preocupação de que um "debate aberto" sobre a complexa questão da brutalidade policial e da desigualdade racial esteja dando lugar a "dogma ou coerção".

"A maneira de derrotar más ideias é pela exposição, pelo argumento e pela persuasão e não pela tentativa de silenciá-las ou apagá-las", afirma. "Como escritores necessitamos de uma cultura que nos dê espaço para experimentar, assumir riscos e até mesmo cometer erros."

https://www.dw.com/pt-br/carta-aberta-acirra-debate-sobre-cultura-do-cancelamento-nos-eua/a-54129576










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